domingo, 11 de abril de 2010

Espero

Algures onde o mar avança,
Onde reside a tentação,
Altera-se a forma e se alcança,
De entre o infinito. O coração.
Onde reina a esperança,
E o sentido do viver se encontra,
De entre os gestos, o olhar, a lembrança,
E o prazer à vida remonta.
Largamente me perdi,
Sabendo onde estou, não sei,
Vejo a vida que não vi,
Procuro a alma, se a terei.
Vejo-me retratado,
Ali onde não estou,
Olho e vejo espantado,
Aquele “eu” que não sou.
Caminho a meu lado,
Sem me ver nem sentir,
Onde o pensar não apago,
De uma dor sem fingir.
Ao infinito quero chegar,
É inalcançável, eu sei,
Querer, quero-o agarrar,
Esperar? Esperarei.

1 comentário:

  1. Simplesmente fantástico.
    Parabéns pelo excelente poeta que és.

    :) Esperar...devemos esperar sempre e entre essa espera, Sorrir e viver a vida intensamente. *

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